Alguns anos atrás, na época em que a internet ainda era discada, comprei um livro com o título Competindo em Tempo Real do famoso escritor Regis Makenna.

Reorganizando minha estante de livros, deparei novamente com o livro e fiquei pensando se o conteúdo do livro ainda era relevante para o período em que vivemos e comecei a folhear algumas páginas.

Alguns aspectos do conceito apresentado no livro continuam relevantes para os dias atuais, mas os exemplos e cases já fazem parte do passado.

Vivemos numa época em que literalmente competimos em tempo real, mas quando esse livro foi publicado eram raros os cases de sucesso de empresas que realmente competiam em tempo real.

Minha reação ao finalizar a leitura de cada case era de dizer “uau” e logo depois pensava em quando empresas no Brasil usariam os mesmos conceitos. Os conceitos eram excelentes, mas tudo parecia muito inovador para o Brasil.

Muita coisa mudou de 1998 para os dias de hoje e quem não compete em tempo real tende a ter um negócio que está arriscado de entrar em extinção.

Lembro que assistia um desenho onde um gatinho fazia de tudo pra conseguir pegar um personagem chamado “piu piu” e o personagem ao ver o gato logo dizia “acho que vi um gatinho”. O gatinho aos poucos percebeu que não adiantava apenas ter tamanho, ser mais forte e correr, mas precisava renovar, mas o “piu piu” não percebeu as mudanças e num certo dia foi pego pelo gatinho.

Quando o “piu piu” foi pego, a primeira coisa que ele disse foi: “Pera aí gatinho, eu estava ouvindo uau uau e não miau miau, agora você também sabe latir?” E o gatinho deu um sorriso e logo disse: “hoje em dia pra não morrer de fome precisa ser poliglota, estou aprendendo latim.”

Mais do que nunca vivemos no tempo em que competimos literalmente em tempo real e precisamos sempre estar atentos para não virarmos comida do “gatinho”.